“A vacinação contra dengue está baixa, nosso objetivo é, mostrar que ela é segura”, diz diretora da Takeda

Saúde

Neste 2025, o Brasil entra no segundo ano de oferecimento da vacina contra a dengue da Takeda, a chamada QDenga. Com 9 milhões de doses a serem distribuídas neste ano, um volume ainda inferior à necessidade do país, a farmacêutica está de olho no Brasil para a ampliação dos estudos da vacina nos idosos (atualmente ela aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para pessoas até 60 anos) e observa com cautela a dificuldade do país em atingir altos patamares de imunização também para a segunda dose em crianças e adolescentes. Enquanto isso, mais estudos internacionais podem ajudar a desenhar como será o futuro do imunizante, considerando um cenário onde há mais prevalência dos sorotipos 3 e 4 da dengue, até então menos comuns, e a necessidade de reforços daqui alguns anos.

“Nossa vacina foi aprovada para indivíduos de 4 a 60 anos de idade para prevenção da dengue nos quatro sorotipos. É uma vacina aprovada pela European Medicines Agency (EMA), então já tem aprovação em 42 países e já utilizada em 28. O EMA, por exemplo, aprovou nossa vacina para pessoas acima de 4 anos, sem limite de idade. Outros países, o que incluí a Argentina, também (fizeram da mesma forma). Nós, porém, sempre reforçamos que temos que seguir o que a nossa agência reguladora aprovou. Então estamos na fase de avaliação de um estudo, desenhando protocolos, escolhendo centros. Será um estudo internacional e o Brasil será incluído. Ainda não temos datas específicas para quando começar e terminar, mas não deve ser algo longo.”, relatou Lee

O que sabemos sobre necessidade A vacina, depois de 4 anos e meio de estudo, teve uma eficácia que praticamente se manteve considerando a hospitalização. Na redução de casos houve uma perda um pouco maior (da proteção). Continuamos com mais dois anos de acompanhamento, o que totalizará seis anos de análise. Nesta avaliação, uma parte dos participantes, adolescentes de ate 11 anos de idade, receberam um booster (reforço), o que estamos avaliando se será necessário ou não. Ainda há de se avaliar os dados do uso da vacina na pesquisa realizada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, que considera a aplicação da vacina em mundo real.”

“A nossa vacina é aprovada como tetravalente. Isso quer dizer que ela produz anticorpos, imunidade celular, contra os quatro sorotipos do vírus. A proteção é geral. Fizemos análises exploratórias (secundárias), quando terminaram os quatro anos e meio (do tempo de pesquisa), que ajudam a gente a avaliar hipóteses e até fazer estudos futuros, se necessário. Nessa análises, foram separados indivíduos que já tiveram dengue e indivíduos que nunca tiveram dengue e que receberam a vacina. Para quem já teve dengue, a análise exploratória mostrou proteção para os 4 sorotipos. Para quem não teve, mostrou eficácia para os sorotipos 1 e 2, não mostrou no 3 e no 4 não teve casos suficientes para saber (se havia eficácia)”, finalizou Vívian Lee em entrevista ao jornal Globo.

📌Siga o nosso perfil no Instagram e fique por dentro das notícias da região e do mundo em tempo real 👇

https://www.instagram.com/alolitoral.com.br?igsh=YmxxejZlZTZuc2Nh

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *